quarta-feira, 28 de novembro de 2012

A jornada.

Entre tantos caminhos, incertezas e dores, além do cansaço, no final tudo vale muito a pena.
Nesta noite de quarta p/ quinta-feira estaremos partindo para mais uma Romaria a pé, que se inicia em Ubatuba com rumo à Aparecida. Uma longa jornada com algumas dificuldades aonde muitos romeiros superam limites e forças. É uma multidão acompanhada de uma enorme fé que talvez seja o maior incentivo para estarmos lá, andando...dias e noites sem desistir!
Apesar de tanto esforço e tanto cansaço, é uma sensação tão boa... Uma iluminação..
É tudo tão lindo. Ver toda aquela gente caminhando com o mesmo propósito e com a mesma fé realmente não tem preço.
Do mar pelas montanhas, louvaremos nossa rainha! Viva Nossa Senhora Aparecida!
E que Deus dê muita força e proteção para cada um desses mais de quatrocentos romeiros!


" Se o final valer a pena, o caminho nem importa. "

Boa noite a todos.

Nos vemos semana que vem, rs.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012




Se no final valer a pena....











...O caminho nem importa.

Meu mundo...com a dança.

Vida de bailarina não é fácil, né? 

Além das inúmeras horas de aulas e ensaios todos os dias, ainda temos que aguentar os calos e bolhas que não nos deixam em paz nunca! E quando eu digo nunca, é nunca MESMO.
Dizem que ninguém é perfeito, mas é incrível como os professores da dança clássica nos treinam como se pudessemos ser! E duvido que algum(a) bailarino(a) discorde disso. Aposto que tem muita gente pelo mundo que sofre ou já sofreu tanto quanto eu
E nas apresentações? ...Corre pra cochia, dá a volta pelo palco, sai correndo, volta pro camarim, sai do camarim... e fica nesse vem e vai desesperador, correndo contra o tempo, contra os minutos.
É uma sensação estranha, a gente nunca sabe se é bom ou ruim... Antes de entrar em cena estamos ansiosos, nervosos, preocupados com cada passo, pensando e rezando para a sapatilha não sair do pé e pedindo pra Deus e o mundo nos mandar muita "merda" (que no mundo da dança significa: Boa sorte) para que tudo dê certo e para não cometermos nenhum erro tão visível. Porque é óbvio que se a gente errar no palco (o)a nosso(a) professor(a) vai entrar naquele camarim depois da apresentação e nos deixar mais nervosos e tristes ainda, rs, mas se o erro for mínimo lá em cima, pelo menos você não terá que se preocupar com a platéia, que geralmente não entende de dança (porque acham que entendem, mas só acham). Principalmente se a platéia estiver composta por nossas mães e nossos pais...ou os nossos queridos avós. Eles sempre vão achar tudo lindo.
Mas na verdade não há do que reclamar. Se tudo isso não valesse a pena, com certeza a dança não teria feito parte da minha vida durante 10 anos. 
Acaba sendo um compromisso nosso, e independente de qualquer briga, dor, xingamento e/ou lágrimas, tudo é muito bom. É um esforço que temos porque realmente gostamos daquilo, de estar lá. Aquele friozinho na barriga antes de subir no palco é maravilhoso. 
E ver toda a platéia aplaudindo é mágico.  
Vale lembrar também que não foi fácil gastar dinheiro durante esses 10 anos, comprando meia-calça todo mês, sapatilhas de ponta e meia ponta, figurinos de dança, maquiagens, grampos de cabelo(principalmente) e viagens....
 
Sinto muita saudade das minhas aulas de dança, da minha professora e das minhas colegas de palco, e só tenho a agradecer por cada gotinha de suor e cada bolha dos meus pés por tudo que aprendi e conquistei no mundo da dança!

E agradeço também o meu melhor amigo 'esparadrapo' que desde sempre fez de tudo para me ajudar e me proteger antes, durante e depois das apresentações! ;)rs.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Transformação; mudança do tempo.

Eu já estive melhor. Eu já fui melhor. Mas com o tempo eu mudei.
Pois é.
Chega uma hora que todos nós temos que mudar, ou deveríamos, não por nada nem por ninguém... primeiramente por nós! 

Um dia, a algum tempo atrás fui à um lugar mágico, maravilhoso mesmo... Lá encontrei uma pessoa com quem conversei por alguns minutos; ela disse uma frase que me fez refletir muito:
- Não dá pra querer melhorar alguém se você mesma não melhorar.

Isso mesmo, foi que eu ouvi. E depois a tal frase ficou voando, batendo, martelando aqui dentro... Sei lá, eu estava mal, e depois disso fiquei pior ainda. Mas meuu, não é assim que as coisas funcionam. 
Eu não vou ficar triste e/ou desanimada por algo que alguém me disse, poxa!
E outra, era uma pessoal qualquer, eu nem a conhecia. Me sentir mal seria meio ridículo, sério. Mas ela me disse aquilo tão do nada, foi estranho. Parecia que já sabia da minha vida, ou de algo que tinha acontecido comigo. 
Bom... 
...Desencanei. Saí com umas amigas, fomos comer, conversar... Me distraí, depois fui para casa; dormi.
Continuei a minha vida normalmente, todos os dias simples... Acordando, estudando, até voltei a treinar! E adorei. rs
Sabe, comecei a me dar conta no quão boazinha eu estava, rs. Ajudei crianças e velhinhos na rua, salvei um cachorro, adotei outro, ganhei mais um gatinho... Até marquei viagem com amigos e realmente viajei com eles em alguns finais de semana. Nossa, minha vida estava a mil, mas estava demais! Acabei esquecendo um pouco de todos os problemas. Na verdade, acabei esquecendo completamente de tudo por um tempo.
Mas não fiz somente "boas ações". Também mudei minhas atitudes.
Algumas mudanças realmente foram necessárias. Já percebi que humildade e simpatia são tudo nessa vida. Porém, de nada adianta sorrir para quem não quer te ver feliz. E você também não precisa preocupar-se com quem NUNCA quis saber da sua vida. Com quem nunca se importou com seus sentimentos.
Tive que aprender a dizer não, que talvez tenha sido a atitude mais dolorosa que tomei. Mas foi preciso. E muito. 

Ainda não me adaptei com isso direito, mas eu aprendo. Se ninguém nunca me ensinou, agora a vida me deu um "tapa na cara".  
Não tenho mais medo de me passar por arrogante e/ou metida. Se for preciso, serei mesmo. Fazer o que? Eu passei a me esforçar sempre para me tornar alguém melhor e algumas pessoas não fazem nada para mudar o mínimo. 
Então, de hoje em diante será assim.
   
Não sou ruim, apenas mudei. Tive que mudar... Para melhorar. Acredite.  
E todos deveriam tentar o mesmo. 
Apesar de termos algumas atitudes "ruins", nós acabamos nos tornando incrivelmente bem, bom. Sei lá. Mas é o que sentimos. 
De qualquer forma, nós evoluímos.
Sabe que, esses dias, depois de meses, me lembrei da tal pessoa com quem havia me encontrado no tal lugar mágico... E pensei:
" Eu não sei quem ela é, mas sei que com certeza ela estava certa. "
Sim, essa pessoa não era qualquer pessoa. Era alguém que também simplesmente teve que mudar com o tempo. 

Ela só queria me mudar. Me ajudar. E sabia que eu só queria melhorar... 

...Eu já escrevi melhor.
Eu já estive melhor.
Eu já fui melhor.   

Mas o tempo que muda tanta coisa, acabou me mudando. 
E acredite, gostei da mudança e no que me transformei !

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

PAIS MAUS.

Um dia, quando eu tiver filhos e eles forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e as mães, eu vou mostrar exatamente tudo o que fiz por eles, e o porquê de ter sido uma mãe muito má quando ainda eram crianças.
– Eu vou dizer que os amei o suficiente para ter perguntado aonde iriam, com quem iriam e a que horas voltariam.
Eu vou dizer que os amei o suficiente para não ter ficado em silêncio e por fazer entenderem que aquele novo amigo não era boa companhia.
- Eu vou dizer que os amei o suficiente para fazer pagarem por todas as balas que tiraram do supermercado sem permissão e sem dinheiro. rs
- Também já vou poder dizer que os amei o suficiente para ter ficado em pé junto a eles, duas horas, enquanto limpavam o quarto, tarefa que eu teria feito em 20 minutos.
- Vou falar que os amei o suficiente para deixá-los ver além do amor que eu sentia, o desapontamento e também as lágrimas nos olhos.
  

- Eu vou dizer que os amei o suficiente para deixá-los assumirem a responsabilidade por suas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração.
Mais do que tudo, eu vou dizer que os amei o suficiente para dizer-lhes não, quando eu 

 achava que poderiam me odiar por isso (e em momentos até odiaram mesmo).
Essas são as mais difíceis batalhas de todas. 
Mas estarei contente, vencerei... Porque no final eles vencerão também!
E direi tudo isso à eles, simplesmente por eu ter vivido exatamente as mesmas situações chatas, exaustivas e até maléficas com os MEUS PAIS.
E em qualquer dia, quando eu tiver netos e eles forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e as mães, quando eles lhes perguntarem se sua família era má em casa, meus filhos irão lhes dizer:
"Sim, nossos pais eram maus. Eram os pais mais terríveis do mundo...

– As outras crianças comiam doces no café e nós tínhamos que tomar leite, comer cereais, torradas e frutas.
As outras crianças bebiam refrigerante e comiam batatas fritas e sorvete no almoço e nós tínhamos que comer arroz, feijão, carne e legumes; sucos ou água, nada de refri durante a semana. E nossos pais nos obrigava a jantar à mesa, bem diferente das outras famílias que deixavam seus filhos comerem vendo televisão.
Eles insistiam em saber onde estávamos a toda hora (ligavam até de madrugada, quando na verdade já sabiam que estávamos na festinha)

Mamãe tinha que saber quem eram nossos amigos e o que nós fazíamos com eles.
Insistia que lhe disséssemos com quem íamos sair, mesmo que demorássemos apenas uma hora ou menos. Tínhamos até que deixar bilhetinho em cima da mesa quando, no caso, ela e o papai haviam saído de casa também. Nós tínhamos vergonha de admitir, mas nossos pais violavam as leis do trabalho infantil. Nós tínhamos que tirar a louça da mesa e lavar, arrumar nossas bagunças, e fazer todo esse tipo de trabalho, que achávamos cruéis.
Eu acho que eles nem dormiam à noite, pensando em coisas para nos mandar fazer no outro dia.
Papai insistia para que lhe disséssemos sempre a verdade e apenas a verdade. 

A nossa vida era mesmo chata. Mamãe não deixava os nossos amigos tocarem a buzina para que saíssemos... Eles tinham que sair do carro e bater à porta ou tocar a campainha, para ela os conhecer.
Enquanto todos podiam voltar tarde à noite com 12 ou 13 anos, papai nos fez esperar mais ou menos até os 15 para nos deixar chegar um pouco mais tarde, e aqueles chatos levantavam para saber se a festa foi boa (só para ver como estávamos ao voltar). Isso quando o papai não fazia questão de levantar a noite para ir nos buscar de carro. 

Por causa deles , nós perdemos imensas experiências na adolescência, nenhum de nós esteve envolvido em atos de vandalismo, nem em violação de propriedade, e também não fomos presos por qualquer motivo de drogas e/ou roubos.
FOI TUDO POR CAUSA DELES. "
 E assim vai cada um passando sua a experiência chata dos pais malvados para os filhos, e depois para os netos, para que quando eles também se tornarem pais, honestos e educados, mostrarem exatamente TUDO para seus filhos... Fazendo de tudo para serem os piores pais do mundo, como os nossos foram.
 

EU ACHO QUE ESTE É UM DOS MALES DO MUNDO DE HOJE: NÃO HÁ SUFICIENTES PAIS MAUS.

domingo, 28 de outubro de 2012

Amor próprio.

A vida poderia ser mais fácil, mais simples... Mas ela não é.
A vida foi feita para ser aproveitada, do jeito que estamos vendo e vivendo; com obstáculos, escadas, pedras no caminho, além de muitos cacos de vidro, que às vezes foram quebrados por nós mesmos ou que simplesmente apareceram de surpresa na nossa caminhada. E que doeu muito e sangrou... Mas que também cicatrizou e enfim
, sarou. Ou está sarando. Isso faz parte da nossa jornada em busca da paz, da felicidade. Aliás, se tudo fosse tão fácil, nós não reclamaríamos tanto dessa nossa cidade, dessas pessoas, desse país, desse mundo, de tudo.
Muitas vezes nós precisamos cair para levantar, precisamos perder algo imensamente importante para só depois dar valor pelo que se foi e que com certeza foi um susto ou trauma, que acontece para nos mostrar que mesmo quando tudo, TUDO parece estar acabado, morto, completamente sem graça e/ou sem sentido outra surpresa aparece, e dessa vez não são pedras, nem cacos de vidro, e sim uma flor, para ser plantada, cultivada e cuidada. Uma flor para dar a esperança, pra trazer novamente a vontade de tentar mais uma vez.
É assim o ciclo da vida, ou que pelo menos deveria ser... Cuidar, cultivar e querer o bem, para que mais flores nasçam e se tornem um lindo jardim; enorme e colorido... Realmente cheio de vida aonde acabamos nos apaixonando, e geralmente onde conhecemos, reconhecemos e/ou sentimos o mais urgente de todos os sentimentos; o amor. Amor pela vida, pelas pessoas, por aquela pessoa, talvez. Simplesmente amor... Por alguém ou por alguns.
Estamos cansados de escutar que o mundo dá voltas, mas parecemos nunca prestar atenção... Até o dia que tal coisa acontece e você acaba vendo que, ou você se dá outra chance para recomeçar, ou você se mata por dentro, que em minha opinião é muito mais doloroso do que definitivamente morrer. E aí você pára pra perceber que o mundo realmente dá muitas voltas... E como diz a música “Como o tempo vai, o vento vem. “ da Marisa Monte, nada é realmente perdido, muito menos a esperança. Tudo que vai, também pode voltar. Por isso nunca é tarde demais para querer recomeçar. Nunca é tarde para aprender a ser feliz. 

E sabe de uma coisa?
Free yourself. Love yourself.

Antes de qualquer coisa nós precisamos de amor, o amor próprio... E depois nós praticamos o amor alheio. 

Sem um, não há o outro.

=)